A LAVADERIA
Segue em direção ao rio
Trouxa de roupa na cabeça
Ensaboa, deixa coarar
Antes que o dia escureça.
Na beira da água correndo
Esfrega a roupa para alvejar
Enquanto isso tomam banho
Espera a roupa secar.
Na cerca se balançando
Olha com muito orgulho
Recolhe tudo ouvindo
A água que faz barulho.
A luta não terminou
Chega em casa cansada
Ferro de brasa aquecido
Logo começa a engomar.
E no dia seguinte bem cedo
Vai na cidade entregar
A patroa olha e aprova
Não discute pra pagar.
Feliz volta pra casa
Mais uma tarefa cumprida
Passa logo no mercado
Gasta tudo em comida.
Assim é a lavadeira
Com sua trouxa na cabeça
Passa o dia na luta
Que a força nunca enfraqueça.
Irá Rodrigues.