O Loop
Por que não fiz?
A pergunta repousa nas costas
Desse pesar vem a pressa.
A culpa amarga
Que consome o calado
Que se propagada silêncio,
Querendo ou não.
O apressado é ligeiro
Levanta os joelhos
Gasta o fôlego.
Ele avança depressa
Mas tropeça
Se desespera
Às vezes se realiza
E quando não,
Resta o remorso
Olha-se por cima dos ombros
Fica a nostalgia,
O que não foi reparado outrora
Quando era hora
Mudaram se os termos,
Ainda, sim, o objetivo escapa aos dedos
Não basta fazer diferente
Varia não é fazer melhor
Mas já passou,
Ficou no caminho
São precisas muitas voltas
Muitas culpas
Para se entender
E disto, vem ela
A culpada-pergunta
Por que não andei mais devagar?