Na estrada
Na estrada
Esta nostalgia que se apodera de mim,
Que me cerca, e parece não ter fim,
Este olhar sem causa,
Para uma vida que fez o silêncio numa pausa.
A pauta da minha partitura,
Aparece limpa, sem a melodia de outra altura,
Sem compasso nem harmonia,
Corre o tempo, queimando mais um dia,
Olho para ontem e vejo as mãos vazias,
E hoje sem rumo, não entendo as profecias,
Perco a vontade e a paciência,
Largo o corpo num mar de ausência,
Esta história não me diz nada,
E olhando o relógio, e os Km da auto-estrada,
Dou à velocidade o meu limite,
E o meu rumo fica à mercê do asfalto,
E das guias brancas, que me chegam de assalto!
Nenúfar 20/11/2007