Amarras do eterno agora

Essas amarras, que não se pode ver

Grilhões entranhados na carne

Em um mundo lá fora que grita

E onde um ser que busca guarita

Jaz sob o céu cinzento da tarde

Talvez seja certeza o incerto

Vivo, sonhador, porém decrépito

A sombra, razão da matéria existir

A mente, que projeta o porvir

No corpo, que repele o que está perto

Há um sopro que engrena o pensamento

Me levando a ter pleno discernimento

Desse abraço do agora com o eterno