Melancias
Se a boca tá braba
Se tem lama na estrada
Não há de ser nada
Tempo fechado
Cara amarrada
Não há de ser nada
Se a vida nos golpeia
O tempo voa e escoiceia
Não há de ser nada
Chuva, frio e geada
Chuveiro com pingo gelado
Não há de ser nada
Tratamento, lesão
Bolso furado
Não há de ser nada
Chimarrão gelado
Noite de insônia
Não há de ser nada
Pois temos a determinação
E fé na caminhada
Há de ser tudo
Olhar o horizonte
E seguir em frente rumo ao futuro
Há de ser tudo
A certeza na vitória
Cabeça erguida
Há de ser tudo
Ter quem se ama por perto
E no céu anjos desviando perigos
Há de ser tudo
No final tudo se ajeita
Quando andar a carretas
Melancia se ajeitam