Melancias

Se a boca tá braba

Se tem lama na estrada

Não há de ser nada

Tempo fechado

Cara amarrada

Não há de ser nada

Se a vida nos golpeia

O tempo voa e escoiceia

Não há de ser nada

Chuva, frio e geada

Chuveiro com pingo gelado

Não há de ser nada

Tratamento, lesão

Bolso furado

Não há de ser nada

Chimarrão gelado

Noite de insônia

Não há de ser nada

Pois temos a determinação

E fé na caminhada

Há de ser tudo

Olhar o horizonte

E seguir em frente rumo ao futuro

Há de ser tudo

A certeza na vitória

Cabeça erguida

Há de ser tudo

Ter quem se ama por perto

E no céu anjos desviando perigos

Há de ser tudo

No final tudo se ajeita

Quando andar a carretas

Melancia se ajeitam

Paulo geovani
Enviado por Paulo geovani em 18/06/2024
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