Phequenos quases
dou-te um jeito de viver
com nossos pequenos quases
ora inteiro ora metade
dou-te uma campina para crescer sua solidão
o mesmo sol de antes
o silêncio da porta
(e) uma tequila sobre a mesa
dou-te o tempo solto no quintal
o céu acima da janela
o perdão que quase perdoa
junto às coisas esquecidas
dou-te um céu em branco
para acariciar a pálida tristeza
dou-te um dia por acabar
o choro macio dos navios
que morrem tantas vezes no cais
buscando os momentos felizes
dou-te a carne do verbo
a sangria de imaginar
se sou verdade ou mentira…