O SANTO
Lá vai santo Antonio,
não o casamenteiro,
homem medonho,
ar de estrangeiro...
Ninguém vê ele xingar,
Nem olhar pra muié alheia...
Fica na praça a meditar,
Balbuceia uma reza inteira...
É tão santo que nem tem amigos...
Distribui o pão e leite para os pobres
Não visita casa de nenhum nobre....
Segue na rua à noite sem noção do perigo....
Veste-se de preto e um anel de cobre
Um tiro no peito e em um minuto, morre...