Forte pra quem?
As vezes eu quero afundar
Seu rosto murcho na lama
Te ver cuspir e agonizar
Embriagado e nauseado com fama
As vezes desejo que o destino
Te puxe violento pro chão
E por ironia do destino
Nunca encontre libertação
São pensamentos intrusivos
Se espalhando em meu peito
Fragmentando a alma em rijos
Pedaços imperfeitos
E eu só quero juntar tudo
Eu queria consertar o mundo
Mas o querer cai na primeira manhã
A esperança é soprada pelo inverno
A mente antes sã se torna inferno
Delírios se convertem em pesadelos
Pesadelos se tornam reais
Realidade deixa brancos os cabelos
E eu estou ficando velho, porém mais forte
Eu quero o próximo verão
Se eu agir com dignidade
Diante dessa realidade
Eu trarei a mim sorte?
Apodreço em minha prisão?
Ou serei um homem forte?