MATURIDADE

Não sei que fim levou a alegria,

aquela vontade de vida,

que nos movia

nos bons dias de infância.

Não sei como,

e muito menos quando,

se desfez o antigo encanto.

Só sei que dentro de nós

Morreu a criança,

cresceu um adulto

pesado de desesperanças.

Carregamos, agora,

o fardo de um mundo injusto

e a melancolia dos antigos cativos.

Nada é mais triste do que o desencanto da vida adulta

em um mundo de mortos vivos.