A TRISTEZA E SUAS TECNOLOGIAS
A tristeza é como o feio no canto,
inventando uma valsa imaginária,
para que dancem as esperanças
ressecadas pela agonia do mundo.
O bolor tomando conta do teto,
onde prefere-se não se dar conta.
Um desencanto que escorre pastoso,
pelas paredes que fingem ser brancas.
Tudo que não for incômodo e farsa,
irá embora deste viveiro de rancor.
As palavras indiferentes nos manuscritos,
tentando permanecer no repouso da sombra.
Uma imitação barata do que se chama dor,
paralisante como a beleza da trogonometria,
se instalará lá fora, antes os portões,
matando flores e afastando a novidade do dia.