Madrugadas
Nas madrugadas , cada palavra flui
e ainda que eu não entenda nada
eu as melhor ordeno
ou quem sabe, elas me possui
Um anel de Giges, o meu sono parece usar
Talvez eu leia Bukowski para o tempo passar
e agora, submersa nas minhas palavras
só me restou o "poetizar"
Cada poema é um refúgio
não sei se arma ou subterfúgio
é a minha rota de fuga há anos
com minha caneta, me sinto o Thanos
Em cada madrugada, sempre fui além
Vai-se o sono
há um tempo sem dono ...
as madrugadas... sempre são inquietudes de alguém...