Volúpia!
Um filósofo escreveu...
“Assim como ossos, intestinos e vasos sanguíneos estão encerrados em uma pele que torna a visão do homem suportável, também as agitações e paixões da alma estão envolvidas pela vaidade; ela é a pele da alma.”
Por vezes pego meus negros, e vermelhos, ou mesmo o meu todo branco... Momentos de ansiedade, agitações, paixões e revisto com a visão caleidoscópica de minha vaidade, transformando tudo num arco-íris lindo e suportável para meus tão frágeis sentimentos...
Volúpia...
E se acordo na noite com suores e sonhos de amores...
E se meu corpo se aquece e arde na luxúria de meus pensamentos... Meu ventre chora o vazio!
Ansiando teu caminho, teu toque tua fome.
__Minha alma treme com a certeza das lágrimas de meu Deus!__
Inferno de sentimentos,
Dantesca peregrinação remota meu todo ao Ades...
Digladiam carne, espírito,
Amor, desejo, sentimento, excitação...
Tão opostos e tão únicos nas sensações que me dominam e me tira o sono.
Eu renego você e esse fogo que me queima as entranhas,
E me toma desta forma maldita e tão humana.
Meu espírito sofre,
Meu desejo explode,
Meu corpo sucumbe ao gozo e fico perdida entre o deleite do momento
E o pecado do amor proibido...
Perdida nessa gama de emoções.
Querendo não querer
Da luxúria me libertar
Tentando a todo custo te esquecer,
Vestir-me com a candura de ser etérea e somente sopro
Ir com o vento e beijar todas as estrelas,
Sem medos ou culpas...
Vaidades, como em Eclesiastes, só vaidade.