Arq. do autor
A MOCIDADE
Valdi Rangel
Da toneira aberta e a água caindo na bacia de minha mãe,
me acordando de meu sono preguiçoso
e do meu sonho acordado, criado na minha imaginação
Do meu cabelo de Sansão, assanhado,
fonte das minhas forças,
mais tarde cortado pela minha Dalila,
me mostrando o mundo noutra versão
Das minhas roupas lavadas, quarando no varal
somente restou uma fotografia de um tempo inocente, que me lançava numa estrada desconhecida...
O meu coração pedia vida, eu lhe dava vida desmedida, na medida
Dos atropelos do amor e da paixão...
E tudo foi assim acontecendo, o tempo me trazendo nos minutos, e
eu querendo
somente resolver os assuntos de meu coração...
Ele, o tempo, me transportando num avião supersônico
Deixou para trás a torneira aberta, o meu sono preguiçoso, e os meus cabelos de Sansão...