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A MANSÃO

Doroty desceu da carruagem sorridente

À sua frente, imponente, a velha mansão

Ali viveu muitos anos, seguiu uma tradição

Criara filhos e netos na riqueza e no luxo

A família mudara, o imóvel ficou no abandono

Desgarrada de todos sozinha se sentiu

Preferiu a solidão para onde ela seguiu

Terminando seus anos da forma que começaram

Não lembrava mais do mordomo Augusto

A quem castigava com muita crueldade

Era seu servo fiel desde a pouca idade

Que ali faleceu vítima de suas torturas

Adentrou a mansão com certa elegância

Queria tomar conta de antigos pertences seus

Havia saído dali mas não tinha dito adeus

Voltaria para a posse na ausência dos anfitriões

Não chegou nem a tirar a poeira reinante

Ouviu uma voz de assassina lhe chamando

Conheceu aquele tom, ajoelhou-se chorando

E a mansão novamente ficou no abandono

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Este poema (história) tem um desfecho e para saber leia o poema (história) AUGUSTO, aqui publicado em 18/7/22.

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A U G U S T O

A bela mansão causou grande adimiração

Aos olhos de Augusto, menino de rua

Que dormia ao relento, olhando a lua

E comia restos de comida de restaurantes

Surpreendido por membros da segurança

Foi levado para o interior da mansão

Apresentado a Doroty, não teve perdão

Foi surrado e obrigado a trabalhar

Doroty era membro hostil da família

Dava ordens e todos a respeitavam

Castigava rudemente os que não trabalhavam

E Augusto teve a sua primeira lição

Ali cresceu e desempenhou atividades

Sem família, foi obrigado a se acostumar

Chegou a mordomo mas tinha de apanhar

Eram castigos cruéis impostos por Doroty

Até que a doença veio lhe importunar

Passou dias na cama em sofrimento

Quando depois veio o falecimento

Sendo enterrado nos fundos da mansão

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 11/06/2024
Reeditado em 11/06/2024
Código do texto: T8083260
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