O vento na alma

O travar do vento é duro

Até por os caçadores de vento

Mas

O mais corajoso são aqueles

Que permitem o vento

Beirar a pele

E tangenciar o triangulo equilatero

Das borboletas em céu aberto

Nunca se sabe o que pode vir

Ao permitir

Nem mesmo predizer

O bater de asas de um beija-flor

Que segue parado ao voar

Tudo com uma mesma infusão

De doces e amargos

Da lentidão

Do dia a dia

O vento bate no alto

Ao deixar permitir mesmo em pranto

Pode urgir um sorisso calentoso