Poesia: 244 - Tributo à Blaise Pascal
O que eu sou
Diante do escuro infinito
Quem somos nós
Diante desses oceanos negros do infinito
Tão ínfima criatura viva sou
Nessa escala cosmológica de grandeza
Tão insignificante somos todos nós
Ao tempo e ao espaço infinito do universo
Um narciso é sempre ignorante do espaço
A multidão se ajoelha com velas nas mãos
E crêem que nesse narcísico fogo pálido
Poderão iluminar a escuridão do infinito
Criatura tolas e frágeis somos todos nós
Num planeta envolto na infinita escuridão.