Defunto na cidade

O corpo cadavérico dele se deteriora ao passar das horas.

O morto-vivo caminha pela casa

O rosto desmaiado e esquelético

Observa o mundo cinza e caquético

O cadáver não sentia fome e nem sede

E dormia em sua cova macia sem dificuldade

A carcaça de algo que já foi vivo não pinta

Sem mãos, sem tinta

Derramada mortalha de tristeza

O Morto-vivo já em pedaços cai ao chão

Desfigurado, delicado corpo desleixado se despreza e decadente se vai.

Servo de Ártemis
Enviado por Servo de Ártemis em 09/06/2024
Código do texto: T8081792
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