Defunto na cidade
O corpo cadavérico dele se deteriora ao passar das horas.
O morto-vivo caminha pela casa
O rosto desmaiado e esquelético
Observa o mundo cinza e caquético
O cadáver não sentia fome e nem sede
E dormia em sua cova macia sem dificuldade
A carcaça de algo que já foi vivo não pinta
Sem mãos, sem tinta
Derramada mortalha de tristeza
O Morto-vivo já em pedaços cai ao chão
Desfigurado, delicado corpo desleixado se despreza e decadente se vai.