versão clara
A âncora solta-se do chão,
E na água mais funda, a liberdade dança.
Não há norma que explique o mistério,
Apenas o inaugura, um novo começo.
O medo dissolve-se nas águas calmas,
Derramando sobre a superfície
Signos que se alinham com os desejos,
Uma cartilha de azeite e surpresa.
No instante temerário e na espera delicada,
Sôfregos diante do desconhecido,
Extraímos uma gota de entendimento,
Que nos acorda dentro da noite, essa leoa.
Seus dentes nos preparam para o destino,
Que, mesmo que fujamos, sempre
Nos mostra outra boca definitiva,
Entre uma vastidão que se insinua.
O receio transforma-se em colina,
Soletramos lentamente o coração
De um começo que avança para além
Da pradaria de fogo, rumo ao infinito.