versão clara

A âncora solta-se do chão,

E na água mais funda, a liberdade dança.

Não há norma que explique o mistério,

Apenas o inaugura, um novo começo.

O medo dissolve-se nas águas calmas,

Derramando sobre a superfície

Signos que se alinham com os desejos,

Uma cartilha de azeite e surpresa.

No instante temerário e na espera delicada,

Sôfregos diante do desconhecido,

Extraímos uma gota de entendimento,

Que nos acorda dentro da noite, essa leoa.

Seus dentes nos preparam para o destino,

Que, mesmo que fujamos, sempre

Nos mostra outra boca definitiva,

Entre uma vastidão que se insinua.

O receio transforma-se em colina,

Soletramos lentamente o coração

De um começo que avança para além

Da pradaria de fogo, rumo ao infinito.

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 08/06/2024
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