iluminuras
Na margem de cada palavra,
uma ternura que contempla
a raiz das coisas nomeadas.
Dormimos na esperança que
o sofrimento nos liberte,
os vales indagam pela sua luz,
e quem poderia confortá-los
senão aqueles que já livres,
se emaranham na liberdade conquistada?
Que sorriso nos inspiram
as coisas amorosas?
Acendemos as pedras para que,
ao serem desveladas,
revelem nossa própria luminosidade.
Amo esta terra,
ainda que esteja ciente
de que em seu âmago
o vácuo se consuma eternamente.