sono perdoado
Os nervos das árvores
Acendem de verde os olhares dos amantes,
As folhas, ao sussurro do vento, tremulam
E derramam um silêncio amável,
Liberados dos sonhadores, os sonhos se materializam,
Cada existência é um lampejo,
Iluminando o indistinto, tornando-o alcançável—
Nós somos, e as pedras delineiam
Nossa forma, inscrevendo-nos no cosmos,
Abraçamos longamente o amor que
O espaço nos concebe, somos o enigma
Para que o sono seja perdoado