(Re)Leituras em Tabacaria
Há dias de chumbo,
Onde o peso de existir
Acorrenta as horas
Neles, as ruas se fecham
Inacessíveis ao meu andar
Neles, nem pedra
Encontro para me inspirar
O mundo e as coisas
Negam seus acessos
E, herméticos, os dias de chumbo
Terminam em sonoro não
Sem rua
Sem mundo
Sem verso
Sem chão