três espantos
l- Desvirginando o desengano
Não é o prato ou a dor
Do engasgo, ou pilar a se
Torcer antes da queda, é rio
Manso e calmo que sabe do destino.
Não precisa esperança, nem esperneia
Por um suco mais profundo, as crianças à margem,
As lavadeiras colhem o pão de manhã,
A vida é esse espanto a nos levar para o mar
ll- Bifurcada a estrada,
Não escolhas,
Flutua em pensamento
Enquanto em tua cova as serpentes se atacam,
Dias e noites na mesma casca,
O amanhã já é essa manhã que brilha dentro da noite escura,
lll- Extensamente, para sempre,
Tu foste um vulto,
Ainda que tenhas uma nova face
É aquela, do assombro, que sobre
A água do mar, bate nas pedras, e a água
Espirra enquanto me recupero do espanto,
Longe de teu sexo, absolvido de tua brasa,
Flores e sol a tornar tudo mais vivo,
Teu sexo é um enigma, uma trama,
O enredo jamais concluído,
Agora que salto sobre o fogo, o teu
Nome se perde na água que predomina