ODE AO TEMPO
Canto tua beleza
E teu jeito de passar.
Canto a incerteza,
Se era, se é ou será.
Canto a inteireza,
Apesar de fracionado.
Inquieto, nunca parado,
Segue a correnteza
Dos dias e estações.
Carrega a vida burguesa
Ou a vivida na pobreza.
Contigo não cabem exceções.
Canto tua grandeza,
Parceiro do irmão espaço.
Canto tua crueza
Limitando meus passos.
Canto os instrumentos
Espelho, relógio e vento,
Que ajudam, com presteza,
Na passagem de cada momento.
É teu esse canto, Misterioso Tempo.