ODE AO TEMPO

Canto tua beleza

E teu jeito de passar.

Canto a incerteza,

Se era, se é ou será.

Canto a inteireza,

Apesar de fracionado.

Inquieto, nunca parado,

Segue a correnteza

Dos dias e estações.

Carrega a vida burguesa

Ou a vivida na pobreza.

Contigo não cabem exceções.

Canto tua grandeza,

Parceiro do irmão espaço.

Canto tua crueza

Limitando meus passos.

Canto os instrumentos

Espelho, relógio e vento,

Que ajudam, com presteza,

Na passagem de cada momento.

É teu esse canto, Misterioso Tempo.

Nilce Delunardo
Enviado por Nilce Delunardo em 05/06/2024
Reeditado em 05/06/2024
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