DESPEDIDA.
Ahh, coração...
Quantos amores
(simultâneos)
Cabem dentro de ti?
Quais os dias,
Pares ou ímpares?
Em que não estás a mentir?
Enganas a ti e também a todos
Quando trocas de veias
Do intravenoso ao "venenoso"
Bates confuso num peito aflito
Trancando as palavras
Dum sentir nunca dito
Fascina-me quando és impuro
Atordoa-me quando finges um querer
Entrelaçadas tuas veias às emoções
Nelas me sacio na sede de entender-te
Acerta pois, n'algum peito as batidas
E viva esse amor, que é feito de idas.
Elenice Bastos.