Faço-me no tempo
No sutil passar do tempo
em fios de memória e vento
vão-se os dias como areia
entre os dedos em alento
horas fluem como rios
em correnteza silenciosa
levam sonhos deixam frios
numa dança caprichosa
cada instante é um sopro
cada minuto um segundo
no tic-tac um sol novo
desvendando um mundo
recordações são o eco
de um passado que se foi
e o futuro um mistério
que o presente constrói
no relógio da existência
somos ponteiros a girar
entre pressa e paciência
aprendendo a esperar