MANHÃ FRIA
MANHÃ FRIA
Manhã fria
Um olhar pela janela
Um livro jogado no sofá
Sem rostos na rua
Tardia mudança de estação
Um vira-lata largado
Um jornal amanhecido
Pulei uma folha
O poema ficou frio
Resolvo preenche-lo
De rimas e versos
Para poder ser perdoado
Do oco entre folhas
De um caderno espiral
Que para o bem e o mal
Ainda guarda esperança
De novas manhãs