MANHÃ FRIA

MANHÃ FRIA

Manhã fria

Um olhar pela janela

Um livro jogado no sofá

Sem rostos na rua

Tardia mudança de estação

Um vira-lata largado

Um jornal amanhecido

Pulei uma folha

O poema ficou frio

Resolvo preenche-lo

De rimas e versos

Para poder ser perdoado

Do oco entre folhas

De um caderno espiral

Que para o bem e o mal

Ainda guarda esperança

De novas manhãs

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 03/06/2024
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