Sahrwby no país da loucura

Da rosa pintada de Alice

Até o relógio do coelho

Tua música me soa como breguice

Como no milho debaixo do meu joelho.

Não te irritas porque nunca tivesse paz

Não é que não saibas dançar,

Mas é que só aprendesse a lutar,

Por tuas conquistas e te pôs a voar.

Hoje, tiveste certeza do ontem

Amanhã, não saberás nada além do hoje

Que o futuro é como um pão mágico

Que te faz crescer ou diminuir.

E a vida é um jogo de baralho

Minha rainha de ouro perde para o rei de paus

Por que o rei assume valor maior que a rainha?

Porque quem decidiu isso foi um otário.

Quão ordinário um sonho pode se tornar

A partir do momento que paramos de sonhar

Com aquilo que desejamos tanto, a fim de sanar

Todos os sentimentos não correspondidos, prontos a modelar.

É como receita de bolo, sem fermento

É como um cão preso na videira sarnenta

Que meus amores sombrios viraram excremento

Me passo a faca da verdade e corto-me como um louco.

Sanidade e amor verdadeiro são pra poucos

Serenidade é cara e paz não pertence a pobres

Dinheiro compra validação social para seres desprezíveis

E a ganância e arrogância cega a todos nós.

Sobrevivo tirando pedaços de mim

Retalho meu fino pavio da paciência

Que está à beira de um colapso de brasa

Que queima as lastimas do meu coração.

Venho a vós pela voz de meus

Cansados tons de baixo agudos

Verificar quem se doou a me ouvir

E buscar a eles, meu amor retribuir.