a luz irrompe
Os dias se sucedem das noites
E as noites socorrem o dia com suas
Granadas negras, abaulamento profundamente
Infinito, escuridão a se perder dentro de si,
E tremendo peso de saber que estamos
Por um fio enquanto os estudantes dão
Tudo de si para se mostrarem felizes, embora
O são, porque sabem a noite como escoador do sono
E da lassidão do descanso, a noite nos é, e nós
A somos, estrelas em cosmo jamais conhecido,
Universo inquieto, onde se pensar bem nada
De verdade é, embora viva mais que os homens,
Sob essa deselegância, desse desengano que cedo
Ou tarde sabemos nosso ser, a luz nunca exalada em
Pobreza, mas com o requinte das pedras raras, diamante,
Uma cordilheira que adentra o continente, liberando o
Amar com sua violência de água e afogamento, a luz cai
Drenando, expressamente, a escuridão que esconde o cataclismo
Que fará as portas terem dois lados se consumindo, além do coração,
Somente a linguagem pode ser testemunha.