A Cartola

Uma humilde cartola

Eternizada na memória

Acima das cabeças

Fazia a sua história

Por poucos foi vista

Era de fato desconhecida

Mas isso não a inferioriza

Pois na boemia, engrandecia

Combinava nas noites regadas de samba

Nas vielas características

Era suja de cimento

E rica de poesia

Malandra cartola

Saudosa cartola

Presente de notas

Em fumaças dissipadas

Ela tinha como amigo

Um saudoso violão

Um cigarro como irmão,

E a rosa como inspiração

Setenta e dois anos

Essa cartola durou

Após seu fim

Finalmente se encontrou.

Luiz Alberto Porto Pacheco
Enviado por Luiz Alberto Porto Pacheco em 31/05/2024
Código do texto: T8075706
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