Poema de Marte
Rarefeita atmosfera
Com vulcões decorativos
Sem humanos na biosfera
Não me faço cativo.
Talvez Terra me invejasse
Talvez por mim, ou pelo Olimpo
Se ponho paz aos Deuses da Terra
É porque o caos mora lá.
Tanto me exploram
E os perigos ignoram
Sou a esperança
E ao mesmo tempo, uma vingança.
Por tanto tempo me mantive longe
Tantas unidades astronômicas
Sonhei que me perdia do Sol
Que não pertencia à esse sistema solar.
Mesmo que me sinta só,
Quero ao menos, por Marte, lutar
Se aliens são civis, e civis colonizam
Quero me refazer, e ser desconhecido.
Para que enquanto não entendam o que sou
De extraterrestre, monstro me chamam
E na paz da distância me deito tranquilo
E continuo em minha órbita circular.
Como Fobos e Deimos, vou te guiar
Me faça teu mapa, e nunca vais escapar
Respiro um ar diferente, uma terra familiar
Mas pro seu desespero, não é como estar lá.