Corpo
Meu corpo triste que veste larvas
teia o tempo ébrio dos ventos
escorre o aroma das sagas das letras
cai sobre a rima do passo sem rumo
Veleja nas asas do cinismo do olhar
beija a mão da noite de lilás
paira no vazio da canção que arrepia
some entre a lama dos desejos frios
Saúda o grito que pulsa
cheira o óbvio da cena
cospe o gosto do medo
sente a cor que vibra de suas veias
Encobre a luz com o fogo do sal
voa na extremidade do brilho da lua
sangra do peito a âncora do amor
ascende o sopro da vida
que faz viver....