silêncios
Nem sede.
Nem fome.
Na boca,
silêncios
são tudo
o que se come,
o que se sabe
e não tem nome.
Esta falta de sede,
esta falta de fome,
esta falta
de sentidos
que esvazia a boca
em língua, dentes,
sons e gentes.
Nada,
mais nada
me pode dizer.