O OUTRO COMO MIRAGEM

Jamais existiremos plenamente uns para os outros.

Em nossos intercâmbios, laços e contatos, não passamos de pálidas sombras que se avistam, comunicam e se distanciam.

O outro é sempre e apenas a medida do si mesmo.

Somos incomunicáveis nulidades no devir coletivo da espécie onde quase ninguém se reconhece.

O outro é sempre o espelho do eu.