Em fases, a idade...
Não há, quem não admira,
Não há, quem não a deseja,
Todos a querem, tem-na na mira,
A flor da sua idade,
Toda vaidade,
Calor da jovialidade,
18 primavera,
Sabor da liberdade,
Aos poucos vai se apurando,
Querendo quase tudo,
Provando o mistério,
Como o som do silêncio,
Difícil decifrar,
Seu ser emocionante,
Único e atraente...
Dos 18 aos 22...
Todos seu corpo tem voz,
Todos cada vez a buscam,
Um sonho, uma loucura,
Será que a encontram,
Doença e também a cura,
Eles almejam a sua moradia,
O fogo, a sua magia...
Dos 22 aos 25...
O erguer do labirinto
Cada etapa, mais metafórica,
E todos eles famintos...
Ama a retorica, a palavra, semântica,
Domina a ética o belo das artes
Ela é a pura poesia,
Dos 25 aos 30...
Mademoiselle ille belle,
Um encanto de olhar,
Tudo é vibrante, as cores,
O seu respirar,
Amores e flores, um sonho único,
Paraíso na perdição,
Arrependimento, rendição,
Cada transpirar é uma fragrância,
Uma orquídea em tom selvagem,
Uma vagem no deserto,
Oasis de céu aberto,
Dos 30 aos 35...
Da incerteza para a certeza,
Do experimento para o real,
Desbravam as flor do a(mar),
Há que escolher ondas,
Para Mergulhar,
Pois, as ilusões tendem acordar,
Quase torna-se impossível sonhar,
Pois, há uma linha pra atravessar,
Já não se pode errar,
Dos 35 aos 38...
Os ventos de ontem,
Definem o seu hoje,
O passado é voz da experiência,
O tempo ensina com queda,
A dor traz sapiência,
A beleza vai se desfolhando,
Em pequeno pigmentos,
A maturidade fortalece o sentimento,
A idade aos pouco revela o peso,
Já não se pode só seguir o vento,
Dos 38 aos 42...
Pois, as entrelinhas,
São armadilhas,
Quando não compreendidas,
Entre os padrões da sua beleza,
Aquele charme, a elegância
De um ser incrível,
Tudo é visível,
Na tonalidade, do mesmo nível
A sofisticação dos seus acessórios,
Dos 42 aos 48...
No conforto de si
Da alta categoria que lhe define
Até a elegância tem seu nome,
A delicadeza é seu novo padrão,
Na sentença de um sim,
Que talvez precede um não
Para que não seja o fim
Da exuberância que ainda esbanja,
Dos 48 aos 53..
A primeira, parece ser
A ultima vez,
Torna-se oculta, Talvez
Uma raridade
Tão como a longevidade,
Quanto mais antigo,
Mas mistico é,
As marcas são visíveis
A rusgas são as suas historias
Um livro de várias páginas escritas
O presente que une o futuro
Estação da sabedoria
Elegância de um viver
Na sua fase de transição
Onde já nada é ilusão
Dos 53 aos 60 e adiante
Já nada é como antes...
(M&M)