Pandemia de Memórias
Lembro do tempo em que o medo de uma doença,
Ajudava a esconder o que eu realmente sentia.
Um estranho sentimento de nostalgia,
Para momentos que realmente não vivia.
Agora, estou aqui olhando pedaços do passado,
Quando era cego para ver a foto completa.
Época em que vivia o mais simples
E via o mundo da forma mais complicada.
Junto, veio a fruta memória do antes,
Que com o tempo apodrece perdendo o sabor,
Da vela paixão por outros humanos.
Ai de mim, por ela trazer junto a já passada dor.
Maldita seja tu, superestimada nostalgia.
Impregnou minha câmera com boas fotos,
As quais não possuo mais a coragem de apagar.
Enchendo o espaço que queria dar aos mais novos.
Penso se não seria melhor, ao invés de recordar,
Gravar os antigos momentos na minha mente.
Fotos e vídeos em algum momento corrompem,
Enquanto as minhas memórias eu carrego para sempre.