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ONDE ESTÁS?

Onde estás que te procuro, insone?
À luz do sol eu vejo a tua sombra,
nas madrugadas chamo e não respondes.
Só o silêncio eu sinto insidioso
crescendo lento, como um cão raivoso,
triste e funesto a me acompanhar.

E minha voz ecoa no vazio...

O vento leste me traz um arrepio...

Não sei por que senti um medo imenso
de te perder no nevoeiro denso,
de te perder
             sem nunca te encontrar.

 

 

#Memorial Recantista#