Urbano poético

Passos desajeitados

Braços jogados para o vento

São firmes os corpos, com bolsas nas mãos ou costas

Em direção ao centro

Abrem as bocas urgentemente

Gritam às coisas o que ninguém entende

Mais um ônibus que passa

As sombras que perpassam são a dos prédios e casas

Poeiras são rastros

E meu velho Eu está perdido em alguma praça

É preciso se olhar para poder falar

Enumerar os sentimentos

As coisas velhas vão embora com a fumaça

Aproveite a vida porque são só momentos

Mas nada se apaga, as memórias são vidros que estilhaçam

E eu sigo...

Poetizando o intraduzivel

Contabilizo o infinito porque com o efêmero nunca consigo

Gabriel Régis feijão
Enviado por Gabriel Régis feijão em 26/05/2024
Reeditado em 26/05/2024
Código do texto: T8072038
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