Urbano poético
Passos desajeitados
Braços jogados para o vento
São firmes os corpos, com bolsas nas mãos ou costas
Em direção ao centro
Abrem as bocas urgentemente
Gritam às coisas o que ninguém entende
Mais um ônibus que passa
As sombras que perpassam são a dos prédios e casas
Poeiras são rastros
E meu velho Eu está perdido em alguma praça
É preciso se olhar para poder falar
Enumerar os sentimentos
As coisas velhas vão embora com a fumaça
Aproveite a vida porque são só momentos
Mas nada se apaga, as memórias são vidros que estilhaçam
E eu sigo...
Poetizando o intraduzivel
Contabilizo o infinito porque com o efêmero nunca consigo