A Suculencia Do Amor
A Suculencia Do Amor
A vida trás o frescor do amor, feito manhã de primavera, entrelaçados no suspiro da alma e no deleite dos corpos embriagados de desejos eles observavam o pé de mexerica, enquanto o perfume aquecia a respiração de ambos, deitados a sombra daquela árvore frutífera os dois só conseguiam pensar o quanto estavam felizes com aquele momento mágico de ternura.
Que em tanto tempo sonhavam tornar possível.
Um encontro de almas fazendo festa por apenas estarem juntos sentindo as maravilhas do universo com a percepção pela vida harmoniosa em toda volta.
O cheiro natural produzido pelos corpos em ebulição com todos os fluidos e barulhos, os levavam a entender o quanto a intimidade envolve dois corpos fundindo em um.
Ao passo que o contato dos dedos deslizavam a pele um do outro uma folha da árvore se pós a repousar entre o decote dela trazendo um novo arrepio e gemido, para aquele corpo que já estava suculento de vontade chupar um gomo de mexirica.
Com suas mãos hábeis ele pegou a folha com delicadeza foi deslizando entre os seios, colo, pescoço, dela e macerou a folha com os dedos e levou a fragrância até seu nariz e a beijou com fome.
Ela já não sabia se o desejo era de morder a suculenta fruta,folha, ou se servia sua própria suculencia para aquela boca faminta que roxeava seus lábios tamanha a fome.
Os suspiros vieram juntos com gargalhada gostosa daquelas que coloca os corpos para trás no movimento livre, em meio a risos e vontades ele alcançou uma mexirica a descascou e foi servindo a ela em pedacinhos suculentos, entre beijos e mexirica passaram aquela manhã fresca de outono como se fosse a Primavera mais florida da vida, um singelo momento trazendo a harmonia de corpos e almas entregues ao tempo, tempo certo de ser como tem que ser, independente do depois o que preenche o agora fortalece as almas.
Alessandra Mello
@almapoeticaluz