Aurora pacífica
O alto céu preto, nebiloso
vai a cada segundo alvejando, convertendo-se
em azul: sobe um gigante, fulgurante, ardente
sol — este amarelo doce diverte o mundo.
Ele, exibindo-se na qualidade de nosso sol,
revela as cores da natureza,
tal qual um farmacêutico criterioso e brincalhão
preconiza um santo remédio.
Um vasto capim revolto um plácido vento
penteia lá, mais lá, ainda mais lá,
e cá, mais cá, ainda mais cá,
e ali, e aqui, e ali, e aqui… nada o interrompe.