ENFIM OUTONANDO

ENFIM OUTONANDO

Enfim um refrescar outonal

Desenhos de folhas mortas

Espalhadas pelo chão

Um tom amendoado de cor

Serão ventadas ao infinito

A beira do inverno que logo vem

Renascerão logo após

Enquanto isso folhas de versos

Escritas em frente e verso

Perder-se-ão nas gavetas do tempo

Quem sabe para renascer

No varal da primavera

Serão versos cadentes

Qual a estação de agora

De lugares fechados em concha

Corpos se aquecendo

Amores e paixões vivendo

Em luzes opacas

Suspiros irradiando-se

No calar da noite

Em que os braços e bocas

Vão infinitar-se sem cessar

Em lugares fechados

Protegido de intempéries

E cheios de vida

Esperando o sol nascer

Em outros dias

De amores e paixões

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 25/05/2024
Reeditado em 26/05/2024
Código do texto: T8071398
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