ENFIM OUTONANDO
ENFIM OUTONANDO
Enfim um refrescar outonal
Desenhos de folhas mortas
Espalhadas pelo chão
Um tom amendoado de cor
Serão ventadas ao infinito
A beira do inverno que logo vem
Renascerão logo após
Enquanto isso folhas de versos
Escritas em frente e verso
Perder-se-ão nas gavetas do tempo
Quem sabe para renascer
No varal da primavera
Serão versos cadentes
Qual a estação de agora
De lugares fechados em concha
Corpos se aquecendo
Amores e paixões vivendo
Em luzes opacas
Suspiros irradiando-se
No calar da noite
Em que os braços e bocas
Vão infinitar-se sem cessar
Em lugares fechados
Protegido de intempéries
E cheios de vida
Esperando o sol nascer
Em outros dias
De amores e paixões