Oscilando
As noites passam, continuo triste
E meu peito palpita sem ter som,
Enquanto a lua se desfaz aos poucos
A decadência apossa-se de mim.
Como esses galhos nessa noite fria
Que com o vento eterno dançam nus,
Eu perco minhas folhas, uma a uma,
E oscilo entre o efêmero e o imortal:
Tanto busquei o que é mais supérfluo,
E em busca de um efêmero prazer
Encontrei uma duradoura mágoa,
O desejo se torna a depressão.
Pois o prazer se perde com o tempo
E o peso do pecado permanece.
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Boa tarde!
Esse poema foi retirado do meu novo livro de poesia, Lobisomem, publicado aqui no Recanto das Letras (link: https://www.recantodasletras.com.br/e-livros/8056783 , ou basta abrir minha página de e-livros). Segue abaixo a sinopse dele:
Um homem amaldiçoado desperta com suas roupas rasgadas e suas mãos sujas. A luz do crepúsculo devolve ao seu corpo cansado e ferido o controle. Só restam memórias imprecisas de uma noite de terror. Tudo se repetiu outra vez. Mais um ciclo completo de desgraça. Mais uma nova chance. Será que ele conseguirá restringir seu demônio interior até a próxima lua cheia? Ou estará condenado a se perder em si mesmo pelo resto de sua infeliz existência?