É ASSIM, QUE EU FAÇO VERSOS...

Eu faço versos soltos, versos livres...

Como quem voa rumo ao firmamento

Faço versos luminosos e suspensos

Como quem depura o próprio sofrimento...

Eu faço versos presos, versos atados...

Como quem chora de arrependimento

Faço versos de remorsos e saudades

Como quem desfalece o sentimento...

Eu faço versos ardentes e de volúpia...

Como quem ama sem acolhimento

Faço versos de profundo desencanto

Como quem sonha sem nenhum lamento..

Eu faço versos de sangue e de tristeza...

Como quem morre sem padecimento

Faço versos de mágoas e de perdão

Como quem sente algum constrangimento...

Eu faço versos de amargor, versos silentes...

Como quem desvenda um encantamento

Faço versos esparsos da nossa despedida

Como quem busca um novo salvamento...

Faço versos de luto, versos náufragos...

Como quem se afunda em tormentos

Faço versos tortos e mal traçados

Como quem descreve um rompimento...

Faço versos ateus, versos cristãos...

Como quem abençoa o sacramento

Faço versos declarados e omissos

Como quem vive apenas um momento...

Oliveira Vilma
Enviado por Oliveira Vilma em 24/05/2024
Código do texto: T8070641
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