AOS POETAS
AOS POETAS
Aos poetas não cabe a normalidade
Cabe a suprema utopia
De caminhar nas nuvens
Ou sobre águas
Espraiando ondas de dualidade
Navegar entre corpos e almas
Sob águas revoltas ou calmas
Exprimir em versos e rimas
As nuances de climas
De paz ou guerras
Barulhos de motosserras
Distúrbios de gentes
Subúrbios de mentes
Mundos diferentes
Em que as penas
Não voam
Simplesmente flutuam
Na escrita no papel
Em amores e dores da babel