Quero-te lua,
nesta noite,
A banhar-me.
Eu nua
de quimeras tolas.
A rima crua,
No criado mudo, me espera.
A sós pela rua,
Não te vás.
Que é tua
A alma minha.
Meu poema flutua
Em teu luar.
Tu sabes, ó lua,
Tu que, pálida e bela,
Em meu verso se insinua.
IMAGEM: Google