Ateliê de florilégios
Cogito criar uma poesia
em três quadras sem métrica tecida,
de figuras orvalhadas sem fluido banhada,
com flores maneadas sem mão trovada.
Significam essas figuras harmônicas
uma lagoa fremente, fria,
espelhando do céu o teto azul,
das árvores o corpo verde.
Em sua pele de água,
sobrenadam, bailam flores azuis, roxas,
veneradas por libélulas lépidas.
Sobrevoam, circulam essas destras asas.