Infinitos poemas
Mais uma vez ouvi a voz do passado
ressoando:
"O que fizeste de tua vida?"
Ainda hoje, nada posso responder
Mas essa poesia insistente
arrumando-se, desajeitada,
escreve-me quase sem querer.
E, faz-se assim, cheia de fé,
sem que eu precise acreditar,
e faz-se assim, cheia de amor
sem que eu precise, a cada vez,
me apaixonar.
E revela-me, verso por verso,
sem que o pensamento se desnude
intencionalmente.
Assim,é maravilhoso que eu nada tenha feito
de minha vida.
Porque os espaços vazios
pontilhados pouco a pouco de infinitos poemas,
enganarão o tempo...sem pressa...