Infinitos poemas

Mais uma vez ouvi a voz do passado

ressoando:

"O que fizeste de tua vida?"

Ainda hoje, nada posso responder

Mas essa poesia insistente

arrumando-se, desajeitada,

escreve-me quase sem querer.

E, faz-se assim, cheia de fé,

sem que eu precise acreditar,

e faz-se assim, cheia de amor

sem que eu precise, a cada vez,

me apaixonar.

E revela-me, verso por verso,

sem que o pensamento se desnude

intencionalmente.

Assim,é maravilhoso que eu nada tenha feito

de minha vida.

Porque os espaços vazios

pontilhados pouco a pouco de infinitos poemas,

enganarão o tempo...sem pressa...

Mareluz
Enviado por Mareluz em 23/05/2024
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