Versos Livres

O pintor dorme em um canto desleixado, Várias cores salpicaram o avental, Seus sapatos perderam a cor, estão furados, Mas suas obras são perfeitas, genial.

A prancheta acolhe dezenas de rabiscos, Lápis, pincéis, tinta a óleo e pigmentos, Na vitrola toca saudade em velhos discos, Naquele canto já houve beijos, bons momentos.

Na parede, uma bela pintura florida, Na escrivaninha, um diário bem fechado, No colo do mestre, uma paleta colorida, Na janela, um tecido prateado.

Revistas e livros se juntam na estante, Do lado esquerdo, o cantinho do fogão, Lá no jardim se escuta o choro de um infante, O pintor acorda com muita inspiração.

Alexandre Tito
Enviado por Alexandre Tito em 22/05/2024
Reeditado em 22/05/2024
Código do texto: T8069039
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