O ENCONTRO

Nas dobras do tempo, onde as estações se entrelaçam,

Vejo a metamorfose das almas, como borboletas em dança.

Cada face que usamos, um véu delicado,

Escondendo sonhos e segredos, mudanças.

Não somos apenas um rosto, mas muitos em um só,

Cada fase, um capítulo, um verso no livro.

Às vezes, o sol brilha com intensidade,

Outras vezes, é a lua em sua vaidade.

Oscilam as marés, naturais e selvagens,

Coração errante, belo músico de notas suaves.

Somos como fósforos e pavios, prontos para arder,

A chama é o refrão que ecoa no universo do ser.

De faces em fases, seguimos a jornada,

Como viajantes cósmicos em busca de significado.

Cada olhar trocado, um elo invisível,

Cada sorriso compartilhado, um tesouro escondido.

E no encontro dessas duas linhas,

Metamorfose e faces em fases,

Descobrimos que somos poesia viva,

Dançando no compasso das eras vividas.