Almas Afins

Às vezes leio sonetos tão perfeitos

E outras lindas composições tão variadas,

Em estilo clássico, ou em versões recém-criadas,

Versos escritos de tantas formas belas, tantos jeitos...

E eu prisioneira de livres versos,

Com rimas soltas que ocorrem tão desregradas,

Poemas escritos em sentimentos imersos,

Porém com maneiras tão desconcertadas...

Mas o que faço, se assim me chegam

Em ecos, estas poesias ao ouvido sussurradas?

Talvez sejam almas afins que de mim se aprochegam

Para que lhes escreva as histórias a mim confessadas.

Ouvindo Miten: Norwegian Wood (from Temple at Midnight)

https://www.youtube.com/watch?v=9Qa5EzLB6JI&pp=ygUgbWl0ZW4gZGV2YSBwcmVtYWwgbm9yd2VnaWFuIHdvb2Q%3D

Do baú

ALMA ENAMORADA

Sente que alguém a espreita,

Enquanto perambula, insone, na madrugada...

Não sente medo... Sente-se observada...

É uma presença quase palpável... Bem aceita...

Que não a faz sentir-se ameaçada,

Pois há sinais que evidenciam

Não ser qualquer alma penada...

Sente-se ungida por bálsamos que aliviam...

Talvez seja uma alma enamorada,

Que chega com passos macios,

Buscando a presença da pessoa amada

Que, um dia, preencheu seus vazios...

02/06/2015