TRÍADE DA EXISTÊNCIA
Nosso segredo, tão leve quanto a brisa,
É, por vezes, ocultar o ardor no peito,
Ou mostrar o coração, sem nada revelar.
Conhecemos, cada um em seu ser, que existem três vidas:
A pública, a privada, e a secreta que se cala...
Ser poeta, ah, essa é minha essência oculta,
Meu mentor, em sussurros, revelou-me um dia:
"Nas flores, um aroma sedutor se esconde,
E também espinhos que a pele podem ferir.
Nas ervas, um bálsamo que a alma acalma,
Mas também o veneno que pode o ser extinguir.
Tal é a sabedoria, um valioso tesouro a encontrar,
Capaz de iluminar ou na sombra nos perder.
Depende do coração de quem a deseja alcançar,
Se com virtude e cautela ou com vã ambição a arder.
Três vidas temos, em estratos entrelaçados:
A visível, as máscaras já usadas;
A reservada, murmúrios do pensamento;
A secreta, onde o poeta se encontra.
À beira do tempo, onde o tangível e o velado se unem,
Florescem as vidas, cada qual com seu enredo.
Três faces, três existências, como flores que se combinam,
Cada uma desvendando segredos, mistérios e êxito.
No silêncio do crepúsculo, a pétala secreta em mistério floresce,
Lugar onde os pensamentos mais íntimos se fundem.
Ali, a pena desliza pelo papel, esboçando versos e confidências,
E a poesia se torna o reflexo da alma, expondo o que ocultamos.
Entre as linhas, a verdade se manifesta, veneno ou néctar,
A depender do propósito e da índole do buscador,
A pétala secreta é o refúgio da esperança, onde a crença se fortalece,
Mesmo sob a fúria da tormenta, ela se mantém, resiliente.
Assim, entre máscaras e versos, a vida se desenrola,
Um teatro de tragédias, contentamentos e sensações.
Acolha a dualidade, a quintessência da alma tranquila,
E na poesia encontre a melodia de suas canções."